16/08/2017
O Varal de Ideias foi produzido a partir das falas das facilitadoras Beatriz Gershenson e Maria Helena Castilhos
por Assessoria de Comunicação CRESSRS
O seminário “Direitos Humanos e Marxismo” iniciou com um momento “Fora Temer” puxado pelo presidente do CRESSRS, Agnaldo Engel Knevitz, que destacou a iniciativa como um espaço de resistência aos enormes retrocessos vividos pela população brasileira. Por sua vez, o conselheiro e professor do curso de Serviço Social da PUCRS, Giovane Scherer, enfatizou a manifestação do presidente e reiterou: “Fora todos aqueles que ameaçam os direitos humanos e sociais”.
Dando início ao Varal de Ideias, a professora da PUCRS, Beatriz Gershenson, fez um breve apanhado histórico das declarações de direitos humanos lembrando que elas são consequências das revoluções burguesas e não podem ser compreendidas fora da crítica marxista, que questiona a universalidade desses direitos. “O Estado não concede nenhum direito, eles são uma conquista e nós, como trabalhadores sociais, temos a obrigação não só de defender mas de politizar os debates sobre direitos humanos, como estamos fazendo aqui neste momento”, declarou. A professora ainda fez um apelo, especialmente aos/as assistentes sociais presentes, para que não fiquem apenas no “denuncismo” mas atuem como educadores em direitos humanos, tornando visível este sistema que prioriza uns em detrimento de outros.
Seguindo a programação do Seminário, a assistente social e coordenadora do Centro Municipal de Referência em Direitos Humanos, Maria Helena Castilhos, trouxe um pouco da sua experiência dentro da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, e destacou o papel da mídia, que muitas vezes não denuncia as violações de direitos humanos, especialmente no que tange à violência contra mulher.
Giovane Scherer, mediador do debate, abriu o espaço para perguntas e provocações e o público construiu um varal de ideias que foi exposto na mesa do auditório e lido pela conselheira, Greice Cavalheiro. Entre as manifestações estão frases como “+ Marx, - Bolsonaro”, aplaudida fortemente pelos/pelas presentes. Um dos cartazes ainda questionava: “130 formandos em ADM (administração), apenas 1 negro (homem), até que ponto existe a igualdade racial?”.
Antes do encerramento, o Presidente Agnaldo Engel Knevitz, apresentou um balanço sobre os 100 dias de gestão da chapa “Classe Trabalhadora em Luta: Unidade e Resistência”, esclarecendo o trabalho desenvolvido pelo CRESSRS e enfatizando os dois novos grupos de trabalho formados recentemente: Direito à cidade em meio urbano e rural e Lutas, Movimentos Sociais e Diversidades.
Foto: Gabriela Thomaz/CRESSRS