12/07/2017
Ausência do prefeito, Nelson Marchezan Jr, causou indignação em trabalhadores e usuários
por Assessoria de Comunicação CRESSRS
A XII Conferência Municipal de Assistência Social de Porto Alegre, aconteceu ontem, dia 11, no salão de atos da PUC, sem a presença do prefeito, Nelson Marchezan Jr., do PSDB. Durante a abertura, manifestantes carregaram faixas pelos corredores do salão, protestando contra a falta de investimentos no setor. Aos coros de “Fora Marchezan”, a plateia denunciou os cortes na assistência social do município.
Na parte da tarde, manifestantes trancaram a avenida Ipiranga por alguns minutos, e protestaram pedindo mais investimento nas políticas de Assistência Social e condições éticas e técnicas de trabalho. De volta à Conferência, a mesa apresentou desafios e projetos da Assistência Social em Porto Alegre e no Brasil. Leila Thomassin, representante do FOMTAS (Fórum Municipal dos Trabalhadores da Assistência Social), apresentou dados alarmantes acerca do desmonte promovido pela atual gestão. Em apenas seis meses, os CREAS tiveram suas equipes reduzidas em 53%. Regiões como Navegantes e Centro Sul reduziram o pessoal em 70% e 81%, respectivamente. Leila terminou sua fala destacando a importância da FASC (Fundação de Assistência Social e Cidadania) atuar com autonomia e foi fortemente aplaudida pelos presentes.
Na sequência, em nome da gestão da Fundação, falou o vice-presidente, Joel Lovatto. Em seu breve pronunciamento, Joel assumiu que a gestão não tem a experiência dos servidores no trato com a população, mas prometeu mais transparência, a descentralização do atendimento à população de rua e disse que a gestão “tentará, na medida do possível, garantir o chamamento dos concursados”. A fala não agradou nem trabalhadores, nem usuários, que demandaram prazos concretos e imediatos para a resolução dos problemas. Débora de Paula, trabalhadora da FASC, lembrou que “os trabalhadores se debruçam sobre problemas que a gestão criou e na hora de achar uma solução para a crise, são os primeiros a serem atacados”. Iara da Rosa, diretora de projetos da associação Ilê Mulher, falou diretamente ao gestor, salientando que “sem planejamento, não há gestão”.