28/06/2017
No dia do orgulho LGBTI, o CRESSRS reafirma a luta por inclusão e diversidade
por Assessoria de Comunicação CRESSRS
No dia 28 de junho, comemora-se o Dia Internacional do Orgulho LGBTI. A data surgiu em 1969, depois que pessoas reagiram às frequentes batidas policiais no bar de Stonewall Inn, até hoje local de referência da comunidade LGBTI, em Nova York. O episódio deu origem também à primeira Parada Gay, ocorrida em 1º de julho de 1970 nos Estados Unidos, e atualmente é tradicional em diversos países do mundo.
Infelizmente, quase 50 anos depois, o cenário de violência e perseguição contra homossexuais e pessoas transgênero ainda persiste. A ONG Anistia Internacional publicou um relatório recentemente, apontando 38 países da África onde ser gay ainda é crime, sujeito, inclusive, à pena de morte. No Brasil, o cenário também é preocupante. Além de não haver nenhuma lei que criminalize a homofobia, como há contra o racismo, por exemplo, as pessoas que mantém relações com o mesmo sexo também não podem doar sangue, o que leva o Brasil a desperdiçar 18 milhões de litros por ano, de acordo com a Revista Superinteressante.
O CRESSRS entende a pauta LGBTI como fundamental na construção de uma política de Direitos Humanos, por isso, neste dia importante, reafirma o compromisso especialmente com todas as diversidades trans, pela sua visibilidade e pelo reconhecimento de seus direitos sociais. Para além das conquistas importantes no âmbito do conjunto CFESS/CRESS, destaca-se a Resolução CFESS 615/2011, que permite a assistente social travesti ou transexual a inclusão do nome social na identificação profissional. O CRESSRS ainda ressalta a luta pela ampliação do processo transexualizador do SUS, que compreende a mudança de corpo, desde o tratamento hormonal até a redesignação sexual. Na esfera da saúde, o Conselho defende a despatologização das identidades trans.
O CRESSRS luta contra todas as formas de opressão e preconceito e, especificamente, contra a transfobia que, além de colocar o Brasil como o país que mais mata transexuais no mundo, deve ser interpretada como luta de classes, uma vez que exclui inúmeros (as) trabalhadores (as) do mercado formal de trabalho.
Neste ano, a gestão “Classe Trabalhadora em Luta: Unidade e Resistência!” fundou um novo grupo de trabalho dedicado a atender as demandas da comunidade LGBTI. O GT “Lutas, Movimentos Sociais e Diversidade” é aberto ao público e se reúne sempre no último sábado do mês, às nove horas, na sede do Conselho. Participe e venha construir a Diversidade com o CRESSRS!
Foto: Gabriela Thomaz/CRESSRS