23/06/2020
Pesquisa da FGV/NEB revela que a falta de condições de trabalho e de orientações são alguns dos motivos.
por Imprensa CFESS
Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo Núcleo de Estudos da Burocracia (NEB) divulgada no início de junho revelou que o medo e a insegurança têm sido sentimentos comuns de uma parcela dos/as trabalhadores/as da política de assistência social no contexto da pandemia da covid-19.
De acordo com o levantamento, 90,66% das pessoas entrevistadas têm medo de contrair o coronavírus; mais de 80% dos/as trabalhadores/as não se sentem preparados/as ou não souberam responder se estão preparados/as para atuar em meio à pandemia; 61,50% não receberam qualquer equipamento de proteção individual (EPI); e 87,02% não receberam qualquer tipo de treinamento para lidar com a pandemia.
Confira o relatório da pesquisa
Para debater o tema, a Escola do Parlamento e o NEB organizaram no dia 12/6 um debate virtual com trabalhadores/as de diferentes equipamentos do Sistema Único de Assistência Social (Suas). A conselheira do CFESS Priscilla Cordeiro, assistente social do Suas no município de Paulista, região metropolitana do Recife (PE), participou da conversa, que pode ser assistida na íntegra no perfil da Escola do Parlamento no Facebook.
Para Priscilla, a pesquisa revela mais do que os riscos a que trabalhadores e trabalhadoras do SUAS e a população usuária estão submetidos nesse momento crítico: ela aponta a baixa “institucionalização da Política de Assistência Social” como política de Estado. “Vimos que em muitos municípios e estados, os serviços socioassistencias foram interrompidos, o que reforça a percepção equivocada de parte dos governos sobre a assistência social, mesmo que ela seja essencial”, critica a conselheira do CFESS. Confira a matéria completa no link abaixo:
Foto: Recorte da pesquisa (fonte: NEB/FGV)