26/09/2016
Conselho se manifesta em defesa das Ações Afirmativas!
por Assessoria de Comunicação do CRESS
O CRESS-10ª Região, juntamente com o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), tem a atribuição de orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício profissional do/a Assistente Social no Brasil, e aqui, mais especificamente no Estado do RS. Para além de suas atribuições, contidas na Lei 8.662/1993, a entidade vem promovendo nos últimos 30 anos ações políticas para a construção de um projeto de sociedade radicalmente democrático, anticapitalista e em defesa intransigente de Direitos Humanos e dos interesses da classe trabalhadora.
Em tempos de mudanças no processo de produção, de precarização das relações e condições de trabalho, de espraiamento das ideologias conservadoras, de respostas omissas ou violentas, por parte do Estado, às reivindicações por direitos da classe trabalhadora, os/as assistentes sociais corroboram, nesta nota, seu compromisso com a garantia inalienável dos direitos humanos. Nossa manifestação de apoio ao movimento que luta contra a mudança do sistema de cotas na UFRGS pauta-se em especial pelas bandeiras de lutas da Categoria que dentre outras, destacamos: o posicionamento contrário ao racismo e defesa das lutas pela equidade de raça, etnia, gênero e pela política de igualdade racial; o posicionamento contrário a todas as formas de exploração e discriminação de classe, gênero, raça, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, idade e condição física; e a defesa das ações afirmativas como reparação de direitos historicamente violados.
Considerando a proposta de ‘alterações na Decisão 268/2012’, em tramitação no Conselho Universitário da UFRGS (CONSUN), sob o contido no Parecer 239/2016, elaborado pela Pró-Reitoria de Graduação, que promove mudanças na política de cotas e reduz o acesso à instituição para estudantes cotistas o Conselho Regional de Serviço Social (CRESSRS), manifesta seu apoio aos movimentos de resistência a quaisquer alterações no Programa de Ações Afirmativas da UFRGS, pois caso o parecer seja aprovado, um aluno que optar por disputar por cotas preencherá uma das vagas destinadas a alunos negros, indígenas, de baixa renda e egressos de escolas públicas, que somam 50% do total e atualmente, caso esses alunos consigam nota suficiente para entrar na universidade pelo acesso universal, se abre mais uma vaga para um aluno cotista.
Porto Alegre, 26 de setembro de 2016.
Gestão "O CRESS somos tod@s nós!"
Foto: Maia Rubim/SUL21