No mês em que se comemora o Dia do Assistente Social (15 de maio) e faltando pouco mais de 40 dias para Copa do Mundo no Brasil, o Conselho Federal (Cfess) e os Conselhos Regionais de Serviço Social (Cress) lançam a campanha "Na Copa, comemorar o quê?".
A iniciativa, além de destacar o papel dos profissionais de serviço social na defesa de políticas públicas para a população brasileira, principalmente pelo direito à cidade, é um protesto ao que o país vem acompanhando, pela mídia nacional e internacional, em relação aos megaeventos no Brasil: altos investimentos em estádios e obras emergenciais de pouca resolutividade, além de diversas denúncias de superfaturamento; inúmeras violações de direitos humanos sobre a população mais pobre do país, como despejos e desapropriações truculentas de pessoas em assentamentos informais; e mortes de operários nas obras para a construção de estádios.
Assistentes sociais lidam, cotidianamente, com famílias que não acessam seus direitos fundamentais que perpassam a questão urbana, como transporte e mobilidade, habitação, saúde e educação. Seja na elaboração ou na execução de políticas públicas, estes profissionais acompanham as demandas da população brasileira.
Não à toa, as imagens da campanha denunciam situações de pessoas que, em plena capital federal, não têm seus direitos fundamentais garantidos. No transporte público, o trabalhador exausto espera por mais de 90 minutos, tempo de duração de uma partida de futebol, por um ônibus para ir pra casa. Na saúde, a mulher aguarda por mais de um mês, tempo de duração da Copa, um exame no SUS. E o que dizer das condições de habitação do cadeirante, numa comunidade a poucos quilômetros do Congresso Nacional? Tais imagens são apenas uma amostra dos problemas que atingem a cidade onde foi construído o estádio mais caro da Copa do Mundo 2014.
Para conhecer a campanha e as peças de divulgação distribuídas em todo o Brasil, acesse
http://www.cfess.org.br/visualizar/noticia/cod/1076.
Por Comunicação CFESS