07/10/2017
A professora da Universidade do estado do Rio de Janeiro repudiou a política de concialiação dos últimos anos e reafirmou “A saída é pela esquerda”
por Assessoria de Comunicação CRESSRS
O Seminário Serviço Social e Resistência em Tempos de Mercantilização da Saúde teve início na manhã deste sábado, 7 de outubro, no auditório do Sindisprev RS. A mesa de abertura foi composta pela coordenadora regional da ENESSO, Letícia Maria Pereira, pela representante discente da Abepss Regional Sul, Emilene Oliveira de Bairro, e pela conselheira do CRESSRS e coordenadora do GT Serviço Social na Saúde, Renata Dutra Ferrugem.
Logo em seguida, a professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Maria Inês Bravo falou sobre a conjuntura e denunciou a crise que, para ela, “não é de agora”. “Não estamos em uma democracia. A democracia plena nem pode ser alcançada no capitalismo. Vivemos em um momento de ditadura, onde o Estado está blindado para as pautas dos movimentos”, declarou.
Sobre a situação da saúde, Bravo voltou a afirmar que o desmonte vem ocorrendo desde os anos 90 e como marxista ferrenha, defendeu a articulação da classe trabalhadora em prol de suas bandeiras. Para a professora, movimentos como as “Diretas Já” têm tirado o foco de ações diretas como as Greves Gerais. Além de apontar as principais ameaças ao Sistema Único de Saúde como as terceirizações, o sucateamento e as reformas sanitárias privatistas, Bravo defendeu o trabalho dos Conselho e Fóruns, sugerindo recriar o Conselho de Seguridade para fazer a articulação dos trabalhadores, mesmo que de forma informal.
Aberto o espaço de debates, assistentes sociais e psicólogos/as denunciaram o desmonte das políticas de assistência e a perseguição às/aos trabalhadores que estão em greve. Na parte da tarde, a Frente Nacional contra a Privatização da Saúde, o Fórum em Defesa do SUS RS, o Coletivo Gaúcho de Residentes, o Conselho Municipal de Saúde, entre outros movimentos sociais, farão suas contribuições.
Foto: Gabriela Thomaz/CRESSRS