O dia 25 de julho é o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, desde 1992, devido a articulação da Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas, através de discussões provocadas no Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas em Santo Domingo, na República Dominicana. No Brasil, é o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, conforme a Lei nº 12.987/2014. Neste dia, o Conselho Regional de Serviço Social da 10ª Região reafirma o seu compromisso com as pautas das mulheres negras.

A histórica campanha do conjunto CFESS/CRESS “Assistentes Sociais no Combate ao Racismo” (2017 - 2020) demarcou em um dos seus cartazes de divulgação “A violência e a dor miram gênero e cor”, visto que 58,86% das vítimas de violência doméstica são mulheres negras (2015). Desta forma, o recorte de raça, gênero e classe é indispensável para que seja realizada uma leitura crítica da realidade social. 

A luta das mulheres negras pela vida digna é importante para toda a sociedade, principalmente, porque as bandeiras de luta levantadas não são individuais e sim coletivas. Todes se beneficiam de uma sociedade livre de opressões.

A escritora feminista negra Audre Lorde, poeta, lésbica e filha de imigrantes caribenhos, em contraponto ao discurso racista e patriarcal da sociedade, expressou em um dos seus escritos a importância de transformar a linguagem em ação (1977). Nesse sentido, as e os assistentes sociais devem aplicar na prática a defesa da equidade étnico racial. Pode ser a partir de alguns questionamentos como: quantas mulheres negras acessam o serviço que estou inserido/a? Quantas autoras negras eu li durante a graduação? Quantas autoras negras eu li durante a pós-graduação? Quantas professoras negras eu tive? Para uma melhor compreensão de tais questionamentos, é importante acessar os materiais de leitura e apoio disponibilizados pelo CFESS bem como participar de espaços de discussão como o Comitê Gaúcho de Assistentes Sociais na Luta Antirracista do CRESSRS. 

As referidas reflexões devem fazer sentido para toda a categoria profissional, pois refletem diretamente na qualidade do exercício profissional. Por isso, a gestão “CRESS Presente e Forte: Serviço Social pela Democracia” celebra o legado e as contribuições de assistentes sociais negras. Salve Dona Ivone Lara! Salve Magali da Silva Almeida! Salve Renata Gonçalves! Salve Rachel Gouveia Passos! Salve Roseli Rocha! Salve tantas outras referências de mulheres negras do Serviço Social!