O GT do Serviço Social na Assistência Social realizou, na quarta-feira (23/4), um encontro preparatório para o 18º Encontro Gaúcho de Assistentes Sociais (EGAS), com o tema: "Serviço Social na luta por justiça ambiental para a diversidade de povos e biomas". A reunião contou com mais de 40 pessoas e teve como convidadas Tassiane Lemos, assistente social da Escola de Desenvolvimento Social/ SEDES, Mestre em Política Social e Serviço Social e Doutoranda em Educação (UFRGS) e Jacira Terezinha Dias Ruiz, assistente social, Secretária Executiva da Caritas Brasileira - Regional RS, com Especialização em Gestão do Social (Unisinos) e Mestre em Política Social Serviço Social (UFRGS).

O encontro abordou conceitos importantes para esse momento em que se agravam os desastres ambientais devido aos recentes eventos climáticos. Para a conselheira do CRESSRS e coordenadora do GT, Iramar Izabel Reschke do Nascimento, a desigualdade social é evidenciada nas situações de emergência climática, sendo mais crítica na ponta, onde estão os usuários da política de assistência social. “O que estamos fazendo enquanto assistentes sociais em relação aos desastres ambientais nas diversas áreas das políticas públicas?”, indaga ela.

Para as convidadas, o planeta e a humanidade estão em risco. Em 2024, o aquecimento global superou 1,5 ºC, constatando o aumento drástico da temperatura no mundo e caminhando para uma situação de ecocídio. É urgente zerar as emissões de gases de efeito estufa e combater o desmatamento e o comércio de animais salvagens. O capitalismo, é o principal produtor de desastres e riscos com a sana de produzir acima de tudo.

Elas reforçam que as vítimas dos eventos climáticos têm cor, raça e classe social. São comunidades inteiras moradoras de áreas consideradas de risco, empurradas para lá pela especulação imobiliária e pela falta de recursos. São as populações mais vulnerabilizadas. Portanto, os desastres têm uma dimensão socioambiental, política e econômica.

Também foi abordado o papel do SUAS em contexto de desastres, indispensável para garantir direitos, organizar respostas e proteger vidas, e os desafios da categoria de assistentes sociais que atuam diante das calamidades, com falta de equipes e de espaços adequados para o atendimento, jornada exaustiva, estrutura precária e ausência de apoio institucional.

O 18º EGAS acontece nos dias 15 e 16 de maio, na Uniritter, em Porto Alegre/RS. As inscrições estão abertas até o dia 9/5, pelo site vemproegas.kinghost.net.

Descrição da imagem: tela print da reunião online, onde aparece a apresentação no Power Point com um texto sobre justiça ambiental e 15 janelas de pessoas presentes na reuniao.