18/12/2015
Na Unilab, criação está aprovada pelo Instituto de Ciências Sociais Aplicadas. Conselho Federal se reúne também com governo de MS
por Assessoria de Comunicação do CFESS
É importante que a categoria de assistentes sociais saiba que as entidades organizativas do Serviço Social brasileiro (CFESS-CRESS, Abepss e Enesso) realizam continuamente ações conjuntas e elaboraram um Plano de Lutas, que indica as prioridades da profissão na luta contra a precarização da formação. Tais ações são indicadas e efetivadas em articulação com outras categorias e entidades, a exemplo do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), entidades estudantis e Conselhos Profissionais.
O objetivo das entidades é fortalecer o acesso ao ensino público, presencial e de qualidade, que garanta ensino, pesquisa e extensão. “No Serviço Social, este debate é importante, pois, além de defendermos a educação como direito, somos uma das três profissões mais atingidas pelo crescimento exponencial da graduação à distância via mercado. Tal modalidade tem sido alvo de amplo debate da categoria, à medida que chegam dezenas de denúncias para as entidades sobre a incompatibilidade deste ensino com as nossas diretrizes curriculares, em especial denúncias ligadas à experiência de estágio supervisionado”, destaca a coordenadora da Comissão de Formação Profissional do CFESS, Erlenia Sobral.
Ela acrescenta que uma das ações compartilhadas pelas entidades é a busca de expansão do curso de graduação em Serviço Social nas instituições públicas, em especial nas universidades públicas. “Esta ação é descentralizada e tem sido efetivada por visitas às instituições, contando sempre com a parceria e apoio de companheiras assistentes sociais que trabalham no serviço social destes locais”, explica a conselheira do CFESS.
Uma destas profissionais é a assistente social Socorro Maciel, que trabalha na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e com unidades localizadas na região Nordeste. Na Unilab, o colegiado do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) aprovou a criação do curso de Serviço Social no contexto de expansão da universidade, aguardando seguir demais trâmites internos e finalização pelo Ministério da Educação (MEC). Ela informa que a criação do curso foi aprovada em 2015 e contou com a articulação de assistentes sociais da própria universidade. “Contribuímos para o diálogo e a interlocução entre as diversas instâncias da universidade, e também com as entidades representativas da categoria”, ressalta.
Socorro destaca também a importância da criação do curso em uma universidade de âmbito internacional. “A atuação do Serviço Social no contexto da internacionalização da educação consiste numa área extremamente nova para a profissão, o que trará demandas e desafios específicos para a formação. A atuação de assistentes sociais nessa área pressupõe uma formação para lidar com expressões globalizadas da questão social, mas também com problemas locais, requerendo habilidades para o enfrentamento de problemas nas dimensões étnico-raciais, culturais, religiosas e de orientação sexual, questões éticas relacionadas a formas agudas de violação de direitos humanos básicos, como falta de acesso à água, à distribuição de alimentos e a atendimentos mínimos de saúde”, avalia a assistente social.
Entidades buscam a criação de mais um curso
Em novembro, o CFESS foi ao Mato Grosso do Sul (MS), representado pela conselheira Erlenia Sobral e, juntamente com o CRESS-MS e com a Abepss, se reuniu com a vice-governadora do estado, Rose Modesto, e com o vice-reitor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Laércio Alves de Carvalho. Em ambas as reuniões, o objetivo foi debater sobre a criação do curso de Serviço Social na universidade.
Segundo a conselheira do CRESS-MS Francieli Borsato, a possibilidade de abertura de cursos públicos de Serviço Social em Mato Grosso do Sul tem um grande significado para a formação profissional na área e para a luta da categoria pela formação de qualidade no estado. “Primeiro, porque significa uma importante forma de enfrentamento da crescente expansão do ensino à distancia, apropriado pelas grandes empresas de educação superior, que abrange mais de 80% das novas inscrições profissionais no estado. Segundo, porque um curso em uma universidade pública aponta para expansão de projetos de extensão e da pesquisa nas áreas relacionados ao Serviço Social, tão escassos em Mato Grosso do Sul”, avalia a conselheira.
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Foto: CRESS-MS