07/04/2022
Viva o SUS!
por GT Saúde
O Dia Mundial da Saúde foi instituído em referência à criação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 07/04/1948. A data é comemorada desde 1950 enfatizando a importância do cuidado com a saúde da população. O tema deste ano é “Nosso planeta, nossa saúde”.
No capitalismo, a necessidade da exploração e do lucro frente à extração de recursos naturais e produção industrial acentuam as contradições de classe, assim como a opressão de gênero, racial, orientação sexual, a falta de acessibilidade e a degradação da natureza. É a classe trabalhadora a atingida por desastres ambientais, desmatamento, queimadas, entre outros.
No Brasil, o direito à saúde foi instituído apenas em 1988, a partir da Constituição Federal, graças à luta e a força da classe trabalhadora organizada. O movimento da Reforma Sanitária surgiu apontando críticas ao modelo de saúde da época, marcado pelo autoritarismo, centralidade no atendimento individual, curativista e nos hospitais privados. Em contraposição, o movimento defendeu a garantia da saúde como direito universal de cidadania, sendo portanto, de responsabilidade pública e estatal.
Em 1986, na VIII Conferência Nacional de Saúde, o conceito de saúde teve seu sentido ampliado para além de ausência de doença, considerando como síntese das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde. É sobre essa concepção, que o Sistema Único de Saúde (SUS) nasce, tendo como premissa a integralidade da saúde e a constituição de um sistema descentralizado, unificado, de acesso universal e a garantia da participação.
Muitas dessas conquistas estão em risco pelo sucateamento do público, seguido da privatização e terceirização dos serviços de saúde. Além da precarização do trabalho, sobrecarga de demandas, entre outras, que adoecem trabalhadoras/es da saúde e reduzem a qualidade nos atendimentos realizados.
A luta da saúde como direito deve seguir como evidenciado nos anais da VIII Conferência Nacional de Saúde e o compromisso ético-político das/os trabalhadoras/es assistentes sociais é se fazer presente nas trincheiras, em defesa dos seus direitos enquanto parte da classe trabalhadora e pelo direito à saúde com qualidade!
Foto: Imprensa CRESSRS