22/10/2018
Nossa luta é por democracia, contra o fascismo e a violação dos direitos da classe trabalhadora.
por Assessoria de Comunicação CRESS/RS
O Conselho Regional de Serviço Social do Rio Grande do Sul – CRESSRS reforça a defesa do projeto ético-político profissional, como base para que os/as assistentes sociais possam fazer sua escolha eleitoral em 2018. Tal escolha precisa estar pautadas por valores ético-políticos que fundamentam a profissão, tais como: a defesa da liberdade como valor ético central; a defesa intransigente dos direitos humanos; a ampliação e consolidação da cidadania e aprofundamento da democracia; o posicionamento favorável à equidade e justiça social; a eliminação de todas as formas de preconceito e respeito à diversidade; a garantia do pluralismo; o compromisso com a qualidade dos serviços prestados; o exercício profissional sem ser discriminado e sem discriminar; a articulação com movimentos de outras categorias profissionais e o compromisso com a construção de uma nova ordem societária, sem dominação, exploração de classe, gênero e etnia.
O Brasil está num momento estratégico de disputas entre projetos societários. De um lado o conservadorismo, a manutenção de privilégios do sistema econômico e as expressões do fascismo que representam o avanço da barbárie. De outro, projetos que visam à transformação das realidades de opressão, discriminações e violências, em defesa da emancipação social e política dos/as trabalhadores e trabalhadoras.
Estamos diante de uma conjuntura ameaçadora que põe em xeque as garantias constitucionais duramente conquistadas pela classe trabalhadora, inscritas no projeto de Estado Democrático de Direito. Trata-se de um cenário de muitas incertezas no que diz respeito à democracia em nosso país, o qual é agravado com a profunda crise econômica e política, gerada no processo de acumulação capitalista e fomentada pela descrença da população no sistema político.
Em tempos de tantas ameaças repudiamos todas as formas de censura e estratégias de repressão, que visam ao silenciamento de assistentes sociais, de estudantes e de outras formas de expressão crítica da classe trabalhadora que se impõe de forma coletiva e organizada às estratégias de dominação e violência. Este momento requer discernimento e capacidade de organização coletiva dos/as trabalhadores/as, por meio dos movimentos sociais e entidades representativas, para incidir na construção de um projeto societário, firmado nos princípios da liberdade, da democracia e da justiça social.
A direção assumida pela sociedade brasileira, nestas eleições, vai impactar diretamente no futuro das políticas sociais públicas: saúde, educação, previdência social, assistência social, trabalho, entre outras. Também na valorização da diversidade e das liberdades democráticas, no exercício da democracia, da cidadania e garantia de direitos da classe trabalhadora.
Nesta direção, reconhecemos que o Serviço Social foi forjado nas lutas sociais presentes na sociedade brasileira. Constitui-se como uma profissão inserida na luta pela redemocratização do país e que historicamente cumpre um papel essencial na construção da democracia, dos direitos humanos, da seguridade social pública, gratuita, universal e de qualidade e da justiça social.
Enquanto cidadãos e cidadãs e profissionais, nos constituímos como classe trabalhadora e, por isso, não podemos nos omitir num momento em que se acirram as disputas entre projetos societários para o país, uma vez que assumimos a defesa intransigente dos valores e princípios constitutivos de um projeto profissional emancipador. Nosso posicionamento é inequívoco contra o fascismo, a violência e a violação de direitos! E isso requer a intensificação de esforços em defesa da democracia e da justiça social.
Dia 28 de outubro é dia de irmos às urnas e votar de forma livre e consciente em defesa das liberdades democráticas e dos diretos humanos, referenciados num projeto societário sob bases emancipatórias. Este posicionamento busca dar evidência à construção histórica e hegemônica do Serviço Social brasileiro não se vinculando a nenhuma direção político partidária. Precisamos ter nitidez sobre os projetos em jogo, quais suas propostas para o Brasil e para a classe trabalhadora e analisar se combatem o racismo, o machismo, a LGBTfobia, a violação de direitos e todas as formas de opressão e desigualdade.
Confira a campanha no site do CRESS Ceará endossada pelo CRESSRS.