Veja abaixo a matéria veiculada no Caderno Vestibular do jornal Zero Hora sobre o Serviço Social. O CRESS/RS prestou algumas informações sobre o mercado de trabalho.
Programas de atendimento à população geram vagas a profissionais de Serviço Social
Se há um profissional que atua diretamente para aliviar as necessidades das pessoas, especialmente as mais carentes, é o assistente social.
Criados a partir de 1936 no país, os cursos estão em expansão. O motivo: as desigualdades no Brasil também aumentaram, o que exige mais ações de atendimento nas áreas de saúde, trabalho e socorro.
A presidente do Conselho Regional de Serviço Social (Cress/RS), Miriam Thais Guterres Dias, destaca que a profissão está em alta. Existem 23 cursos de nível superior no Estado e cerca de 5,8 mil assistentes sociais em ação. Recentemente, Miriam soube que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação (MEC), apontou que o curso de Assistência Social é o terceiro que mais cresce no país.
- Nossa profissão está com alta empregabilidade. Claro, há pessoas sem emprego, mas a situação é favorável - diz a presidente do Cress.
Os principais empregadores são as prefeituras, os governos estadual e federal e as organizações não-governamentais. Miriam observa que assistentes sociais estão sendo requisitados porque aumentaram os concursos públicos e os programas de governo. As ofertas vão desde a área de saúde até as de esporte e lazer.
A remuneração é variável. Miriam lembra que o piso da categoria, para seis horas de trabalho, é de seis salários mínimos. No final das contas, a renda depende das possibilidades do empregador. O Poder Judiciário é o que melhor paga. Entidades filantrópicas, sem fins lucrativos, remuneram de acordo com seus limites.
O curso ficou tão valorizado que a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) criou o bacharelado de Serviço Social, em julho de 2009. O coordenador da comissão de graduação, Sergio Antonio Carlos, diz que o curso tem nove semestres. A maioria oferece faculdades com oito semestres.
- Como o curso é noturno, achamos que o tempo de quatro anos (oito semestres) seria pouco - esclarece Carlos.
Abrigado no Instituto de Psicologia, o curso da UFRGS tem conteúdos de sociologia, teoria política, história, antropologia, psicologia, geografia e seguridade social. Há oficinas, atividades complementares e externas, além de participação em eventos. Algumas disciplinas são eletivas, como economia, linguagem de sinais, Direito e outras.
Na turma da UFRGS, predominam as mulheres, com 80% de participação.
- Quem deseja fazer o curso deve se preocupar com as questões sociais. A formação é mais generalista, depois o profissional irá se especializar conforme a sua vontade - informa Carlos.
DICA
- Com o aumento no número de programas sociais, uma tendência dos últimos governos brasileiros, expandiu-se, também, o campo de trabalho para os assistentes sociais. São profissionais cada vez mais requisitados.
Fonte: Zero Hora, Caderno Vestibular, 19/10/2011.