11/04/2016
Campanha do Conjunto CFESS-CRESS retrata a transformação do Serviço Social ao longo de sua existência. Material gráfico já está disponível para divulgação!
por Assessoria de Comunicação do CFESS
Uma profissão que foi capaz de se reinventar e se reconceituar, buscando romper com o conservadorismo do seu surgimento e com o tecnicismo do seu desenvolvimento.
Uma profissão que reconstruiu seus referenciais teóricos e metodológicos, analisando a sociedade capitalista, a desigualdade e a violação de direitos dela decorrentes.
Uma profissão que, impulsionada pelo movimento de redemocratização do país, reescreveu seu Código de Ética, adotando valores que foram se aperfeiçoando e se tornaram princípios que, hoje, almejam alcançar, no horizonte, um projeto societário sem exploração e dominação de classe.
Uma profissão que vem se transformando, ao longo dos anos, para contribuir não só no combate à desigualdade, mas também na construção de uma sociedade justa e igualitária.
É com essas perspectivas que as comemorações do 15 de maio, Dia do/a Assistente Social, em 2016, vão debater e homenagear os 80 anos do Serviço Social no Brasil.
Veja o material disponível para download
A campanha, organizada pelo Conjunto CFESS-CRESS, valoriza a construção histórica desta profissão que se “inscreveu” na sociedade brasileira. Afinal, o trabalho de assistentes sociais vem sendo cada vez mais requisitado, seja no atendimento à população ou na formulação e execução de políticas públicas que possibilitam o acesso aos direitos, como saúde, educação, lazer, moradia etc.
“Nossa ideia é que, durante todo o ano de 2016, façamos alusão aos 80 anos do Serviço Social, contando a história desta profissão para a sociedade, reafirmando sua importância no cotidiano da classe trabalhadora, usuária da profissão, e também na luta, com outros sujeitos políticos, por outra sociabilidade”, explica o presidente do CFESS, Maurílio Matos.
Por isso, o cartaz do Dia do/a Assistente Social de 2016 traz duas imagens emblemáticas para a profissão: a primeira retrata as pioneiras do Serviço Social, na década de 1930, e a segunda mostra a manifestação de assistentes sociais em Brasília (DF).
“Em 1936 surgia a primeira Escola de Serviço Social no Brasil, uma iniciativa vinculada à Igreja Católica cuja intenção era ‘reduzir’ as expressões da questão social e disciplinar a força de trabalho”, conta Maurílio. De lá para cá, a profissão passou por diversas transformações.
“A fotografia da manifestação que ocorreu durante o Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais (CBAS), em 2010, mostra o quanto o Serviço Social se tornou combativo, uma profissão que pode contribuir para a transformação da sociedade”, completa o presidente do CFESS.
“Falar dos 80 anos do Serviço Social brasileiro significa destacar momentos e fatos dessa história, sem perder a dimensão processual e contraditória na construção da profissão na sociedade. Uma trajetória marcada por lutas sociais e profissionais enraizadas no solo do desenvolvimento histórico do nosso país”, ressalta a coordenadora da Comissão de Comunicação do CFESS, Daniela Neves.
Material de campanha
O cartaz “80 anos do Serviço Social: uma profissão inscrita no Brasil” está disponível em vários formatos, que podem ser acessados aqui.
Além desse material, o CFESS vem realizando uma série de ações alusivas a este marco histórico.
A primeira delas foi a Agenda Assistente Social 2016, que proporciona uma pequena viagem pelo tempo e revisita alguns marcos políticos e acadêmicos que fizeram a história do Serviço Social ao longo de sua existência.
O CFESS desenvolveu também um selo comemorativo, inspirado na obra de Arthur Bispo do Rosário, uma figura lendária que representa, para o Serviço Social, cada usuário e usuária das políticas e serviços sociais. Sua obra está estampada também na capa do Código de Ética Profissional e estará no novo documento de identidade profissional.
Além disso, o 15º Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais, que será realizado em Olinda (PE), em setembro deste ano, tem também como tema os 80 anos da profissão. Tendo como mote ‘A certeza na frente, a história na mão’.
Foto: Arte: Frisson/2016