29/08/2018
No Serviço Social, processo ético é ação democrática e educativa.
por Assessoria de Comunicação CFESS
Conselheiras/os e trabalhadoras/es dos CRESS marcaram presença no evento (foto: Diogo Adjuto/CFESS)
Terminou neste sábado (25), em Brasília, o Seminário Nacional de Capacitação das Comissões Permanentes de Ética do Conjunto CFESS-CRESS. O evento, com mais de 70 participantes, dentre conselheiros/as e trabalhadores/as dos CRESS e do CFESS, foi realizado a partir da sistematização da Deliberação 8 do eixo Ética e Direitos Humanos, do Encontro Nacional: Realizar levantamento de processos e recursos éticos julgados pelos CRESS e CFESS, considerando principais dificuldades para sua operacionalização.
"Nesses 25 anos de comemoração do Código de Ética Profissional, a realização do seminário cumpre uma importante deliberação do Conjunto CFESS-CRESS. O evento foi organizado a partir do levantamento de dados sobre os processos e recursos éticos. O evento chamou a atenção para esta, que é uma atividade precípua de nossas entidades, e que deve ser inscrita sob os princípios da democracia, da justiça e da equidade. Tivemos a oportunidade de debater ainda o caráter pedagógico com que devem estar revestidas todas as etapas do processo ético. Ou seja, nosso objetivo é aprimorar os procedimentos de modo que eles sejam expressão dos nossos princípios”, avalia a coordenadora da Comissão de Ética e Direitos Humanos do CFESS, Daniela Möller.
Quem abriu o evento foi a presidente do CFESS, Josiane Soares, antecedendo a mesa O processo ético no contexto dos Conselhos de Serviço Social: princípios e dificuldades, com a assessora jurídica do CFESS Sylvia Terra e com a conselheira Daniela Möller.
A coordenadora da Comissão de Ética e Direitos Humanos do CFESS, Daniela Möller, apresentou dados do levantamento realizado (foto: Diogo Adjuto/CFESS)
Segundo Sylvia Terra, o processo ético no Serviço Social tem caráter democrático e educativo entre os sujeitos envolvidos, bem como de transparência e fundamentação nas decisões. “Não queremos um processo meramente punitivo, mas sim que o/a assistente social compreenda a ética na dimensão da liberdade, da justiça social, da emancipação dos sujeitos”, explica a assessora do CFESS.
Para a conselheira Daniela Möller, é significativo que o evento ocorra no ano em que se comemoram os 25 do Código de Ética do/a Assistente Social, que se vincula a um projeto de sociedade sem exploração e opressão, no qual todas as pessoas possam se desenvolver plenamente. “É, portanto, um instrumento primoroso, do qual temos muito orgulho, mas também uma imensa responsabilidade. Estamos falando de uma perspectiva teórica e política muito densa, que precisa ser traduzida para dar conteúdo concreto aos valores que elegemos, seja no exercício profissional, seja na nossa atuação nos Conselhos”, ressalta Möller.
Na parte da tarde e no segundo dia, o evento contou com três oficinas, de acordo com as fases do processo ético nos Conselhos de Serviço Social, a partir dos dados e das dificuldades identificadas.
A assessora jurídica do CFESS Sylvia Terra explicou sobre as características do processo ético (foto: Diogo Adjuto/CFESS)