29/08/2024
por Francielly Muria*
O Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, comemorado em 29 de agosto, e o Dia do Orgulho Lésbico, marcado no dia 19 deste mês, remontam a um evento crucial de 1983, quando um grupo de mulheres lésbicas, em São Paulo, se manifestou em um bar para exigir respeito e combater a lesbofobia. Esse ato de resistência foi um marco significativo na luta pelos direitos das lésbicas no Brasil, destacando a necessidade de visibilidade e justiça para a comunidade lésbica.
As mulheres lésbicas no Brasil enfrentam violências e discriminações interseccionais que são influenciadas por múltiplos fatores, incluindo machismo, racismo, classismo e capacitismo. Essas formas de opressão se entrelaçam e se manifestam no cotidiano de muitas profissões, incluindo o Serviço Social.
Para esta categoria profissional, é crucial adotar uma abordagem de escuta ativa e sensível às necessidades coletivas e individuais da população lésbica. É fundamental que esses profissionais reconheçam e apoiem os direitos das pessoas lésbicas, incluindo a possibilidade de formar redes de afetos, garantir habitação digna e assegurar emprego justo.
Promover a construção de políticas públicas que incluam a singularidade dessas sujeitas é essencial para avançar na luta pela igualdade e pelos direitos humanos, garantindo que elas possam viver com dignidade e segurança.
*Francielly Muria é mulher, negra, cisgênero, lésbica, de Matriz Africana. Assistente social na Alta Complexidade da Saúde.
Descrição da imagem: imagem colorida em tons lilás, vermelho e amarelo. Em texto, 29 de agosto, Dia Nacional da Visibilidade Lésbica. Símbolo da luta feminista lésbica. Fotografia de Francielly Muria, mulher negra, de cabelos chacheados, usa óculos. Descrição da foto: Mulher negra, cisgênero, lésbica, de Matriz Africana. Assistente social na Alta Complexidade da Saúde. Em detalhes a bandeira LGBTQIA+.