30/11/2023
por imprensa CRESSRS
Embora a transfobia alcance as pessoas trans de diversas formas, mesmo dentro de um grupo tão vulnerável quanto a população trans, são as travestis e mulheres trans a parcela da comunidade trans que necessita maior atenção para a proposição de ações de proteção e acesso a direitos básicos. Têm sido elas as que se encontram em sua imensa maioria em situação de maior precarização de suas vidas.
As travestis e mulheres trans, pessoas transfemininas que vivenciam a transgeneridade no espaço público, constituem um grupo com mais alta vulnerabilidade à morte violenta e prematura no Brasil, de acordo com a ANTRA - Associação Nacional de Travestis e Transexuais.
Mesmo em meio a tanta dificuldade na busca por essas informações, em 2022, das 131 vítimas de assassinatos localizadas e consideradas na pesquisa “Assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras”, 130 eram travestis/mulheres trans, deixando nítido que a motivação, assim como a própria escolha da vítima, tem relação direta com a identidade de gênero (feminina) expressa pelas vítimas, que representam 99% dos casos. O número de vítimas do gênero feminino em 2017 foi de 169 assassinatos de travestis e mulheres trans, 158 casos em 2018, 121 assassinatos em 2019, 175 casos em 2020 e 2021 com 135 assassinatos. Travestis e Mulheres trans somam 889 casos de assassinato, ou seja, 97,5% do total de casos nos últimos seis anos.
21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher.
Descrição da Imagem: card quadrado, com o fundo roxo, com imagem de uma mão aberta e escrito 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher. Travestis e mulheres trans somam 889 casos de assassinatos, nos últimos seis anos. Logotipo CRESSRS.