01/05/2019
Gestão “Classe trabalhadora em luta: unidade e resistência!” se soma às luta neste dia do/a trabalhador/a.
por Assessoria de Comunicação CRESS/RS
Reconhecer a luta de classes e, na luta de classes, reconhecer que somos classe trabalhadora! Um desafio atual frente às intensas mudanças nas configurações do mundo do trabalho, que favorecem o individualismo e disputas acirradas entre a classe que vive do trabalho e que impacta no reconhecimento de sua identidade e de seu lugar na luta de classes.
Este é o debate posto em pauta pela gestão “Classe trabalhadora em luta: unidade e resistência!”, que assumiu a gestão do triênio 2017-2020 do Conselho Regional de Serviço Social do Rio Grande do Sul (CRESSRS) em 15 de maio de 2017, e, desde então, vêm buscando fortalecer resistências coletivas para enfrentar tempos de violações e regressão de direitos, desmonte de garantias constitucionais e ofensiva às liberdades democráticas.
Acreditamos na força do posicionamento coletivo da classe trabalhadora e dessa categoria que historicamente se coloca de forma político-interventiva e que é desafiada dia a dia na materialização do Projeto Ético Político Profissional. Enquanto gestão, reafirmamos o compromisso assumido em campanha de manter a direção crítica e o enfrentamento ao conservadorismo, a organização e fortalecimento da categoria e a participação e incidência em defesa dos direitos humanos e das políticas públicas, em conjunto com os movimentos da classe trabalhadora.
Vivemos um momento de intensos ataques aos direitos previstos na nossa Constituição de 1988, especialmente ao sistema de seguridade social pública. Acima de tudo, temos um ataque à própria democracia, com forte criminalização dos movimentos sociais e manifestações populares. Destacamos para além da Reforma Trabalhista no governo ilegítimo de Michel Temer, as medidas adotadas pelo atual governo, como a extinção do Ministério do Trabalho e Emprego e a defesa de uma desregulamentação ainda maior da legislação trabalhista, propondo inclusive a extinção da justiça do trabalho. Na esteira dos ataques à classe trabalhadora, em 20 de fevereiro deste ano o governo apresentou proposta de reforma da previdência, através da PEC 006/2019, apresentando como uma das justificativas para a reforma, o aumento do emprego formal no último período. Vemos com isso milhares de trabalhadores perdendo direitos históricos, um aumento significativo do desemprego e crescente trabalho informal ou outras formas precárias de contratação como o trabalho intermitente, a terceirização e a pejotização, dentre outras.
Se a conjuntura se constitui de desafios diversos é nosso papel buscar possibilidades de enfrentamento como classe trabalhadora que somos. Nossa luta coletiva está pautada no encontro, diálogo e construção entre a gestão e a base da categoria, por meio das atividades realizadas junto aos Núcleos de Base do Conselho Regional de Serviço Social do Rio Grande do Sul (NUCRESS), as Unidades de Formação Acadêmica (UFAS) e as entidades político-organizativas da categoria: Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) e Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social (ENESSO); dos processos de organização interna e gestão do trabalho em conjunto com os/as trabalhadores/as; do fortalecimento das instâncias deliberativas da categoria – Conselho Pleno, Conselho Pleno Ampliado e Assembleia Geral; da articulação com o conjunto CFESS/CRESS; das ações conjuntas com outras categorias profissionais, fóruns e frentes de luta e das manifestações públicas do conselho frente às pautas que atingem de forma direta os interesses da classe trabalhadora.
Com este compromisso, convocamos a categoria a somar nas atividades de luta previstas neste dia 1º de Maio – Dia do/a Trabalhador/a e convidamos todos/as os/as assistentes sociais para somarem conosco na luta contra toda a forma de regressão de direito. 1º de Maio é pra lutar: Se não lutar a aposentadoria vai acabar! A Resistência também se faz poesia e portanto nos emprestamos de um trecho do poema – “Todas as manhãs” de Conceição Evaristo, escritora negra, que diz [...]”Todas as manhãs tenho os pulsos sangrando e dormentes tal é minha lida cavando, cavando torrões de terra, até lá, onde os homens enterram a esperança roubada de outros homens”. Sigamos cavando! Sigamos lutando! Sigamos resistindo!
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